domingo, 27 de março de 2016

Técnica usada na cirurgia - Y de Roux

Nesta segunda postagem viso esclarecer quanto à cirurgia. Procurarei usar termos simples, afinal não sou médica e pretendo alcançar o maior número de pessoas.

É muito bom sabermos o que fizeram em nosso corpo, até mesmo para entender alguns sintomas e achar saídas. Perguntei para vários médicos, alguns só me confundiram ainda mais. Mas, sempre tem aquele anjo que fala nossa língua. Espero ajudar.

Bem, fizeram em mim GASTRECTOMIA TOTAL EM Y DE ROUX, ou seja, a mesma técnica usada em bariátrica. A diferença consiste em: quem faz bariátrica fica com parte do estômago e no meu caso tiraram todo o órgão por conta da agressividade do tumor.

Hoje tenho uma "ligação direta", esôfago ligado com o intestino e neste, fizeram uma "bolsinha" responsável por receber o alimento, o suco pancreático e a bile.

Quanto à absorção dos nutrientes: 99% é feita no intestino. Segundo os médicos, só o Ferro e a vitamina D precisam do estômago para a absorção e é por isso que sempre teremos que fazer a injeção intramuscular. No resto, basta cuidar da alimentação, fracionar os horários de refeição e sempre comer pensando na nutrição. Portanto, entre uma coxinha e uma proteína vá na 2ª opção kkkk.

Abraços e muita paz. Lembre-se: Você vai sair dessa!!!

Na terceira postagem falarei sobre a "ligação direta" e sua relação com a síndrome de dumping.


terça-feira, 15 de março de 2016

Olá, amigos. Sejam bem-vindos.
O intuito do blog é ajudar aos pacientes oncológicos, em especial, àqueles que tiveram ou tem câncer de estômago. Entretanto, outros poderão compartilhar experiências, afinal estamos todos no mesmo barco.
Bem, para começar, eu falarei um pouco da minha história.
O ano de 2015 foi muito difícil para minha família, primeiro porque descobrimos já em estado avançado um câncer na minha mãe, lutamos por 4 (quatro) meses. E, um mês antes dela falecer, eu descobri que tinha o mesmo câncer, mas em estado inicial.
Eu sentia apenas queimação no estômago e fui fazer exame de endoscopia. E, neste exame, descobriram um tumor de 1 cm. Era tão agressivo que em menos de 2 meses (tempo entre a descoberta e a operação) já estava com 8 cm.
Resultado: gastrectomia total.
Começava uma nova vida. Tive que vencer muitos obstáculos, entre eles, o maior, a minha mente.
Eu que era toda vaidosa, vivia em academia, buscava manter o corpo sempre definido, me vi bem magra. Havia perdido 13 Kg de massa magra. E num exame feito pela nutricionista foi detectado que meu corpo estava usando a "bateria de emergência", ou seja, a massa magra. Foi um choque, eu precisava mudar.
Confesso que havia perdido a motivação. Estava cansada de vomitar tudo que ingeria. Até beber água era um sacrifício. As vezes, só queria dormir - creio que foi por causa da quebra bruta de vitaminas no meu corpo. Depois de 4 meses da cirurgia tive inicio de anemia e outro puxão de orelha - eu precisava me nutrir.
Mas, eu não sou de desistir tão fácil. Foi uma fase que precisei passar. Ninguém pode negar, que mesmo sendo forte, não sente um baque. Passado a letargia, percebi que agora só dependeria de mim e em especial quanto à alimentação - era isso ou nada. E, hoje estou aqui - firme e forte - com o peso estabilizado e foco na saúde.
Já se foram 6 meses da cirurgia e posso afirmar: "Tudo Passa" e "Você vai sair dessa".
E é isso... abraços e muita força para nós. Até breve!!!